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Projetos Finalizados

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Economia Solidária nas escolas: discutindo a diversidade e o mundo do trabalho

De acordo com a lei nº 13.415/2017 “Os currículos do ensino médio deverão considerar a formação integral do aluno, de maneira a adotar um trabalho voltado para a construção de seu Projeto de Vida e para sua formação nos aspectos físicos, cognitivos e socioemocionais”. Considerando que a disciplina de Projeto de Vida faz parte do currículo do ensino médio, e tem como princípio fundamental a preparação dos jovens para a vida adulta, sobretudo no âmbito do trabalho, esse projeto pretende apresentar aos estudantes dessa disciplina formas de trabalho baseadas na coletividade, um dos princípios essenciais da Economia Solidária. Outro princípio de suma importância à Economia Solidária é a diversidade. Por diversidade, nós entendemos que há diferentes grupos na nossa sociedade, cada um com a sua especificidade histórica, religiosa e cultural, como por exemplo, os grupos que compõem a população negra, a indígena, a cigana, os trabalhadores urbanos e os rurais. A diversidade pode ser pensada de modo mais amplo que a multiplicidade, ela deve significar a atenção ao respeito à diferença, ou seja, o respeito a todos, mas em especial àqueles grupos considerados minoritários, os grupos racializados, os grupos que são historicamente discriminados pela sua cor, condição econômica, condição sexual ou crença religiosa. Desse modo, será importante tratar da diversidade e dos temas a ela relacionados na escola porque ela é um microcosmo na nossa sociedade, ou seja, na escola vamos encontrar diferentes grupos com características diversas e a comunidade escolar deve estar ciente de que todos têm os mesmos direitos e deveres, devendo todos ser respeitados e igualmente sendo respeitada a sua humanidade e cidadania.

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Núcleo Incubadora Unitrabalho - UEM e o processo de incubação de empreendimentos econômicos solidários (EES) associados à pesquisa e articulados com o desenvolvimento regional

O presente Projeto propõe por meio do processo de incubação, fundamentar e concretizar suas ações no desenvolvimento de técnicas viáveis e de fácil utilização, tendo em vista adequação dos produtos à realidade do mercado e estabelecimento de referências entre os empreendimentos acompanhados. Tratase de servirem de efeito multiplicador aos beneficiários nos empreendimentos econômicos solidários incubados e em processo de incubação. Grande parte do empreendimentos urbanos já trabalhados é constituída de pessoas com necessidades de atendimento psicossocial, ou seja, pessoas em condições de vida precárias, baixa autoestima, doenças crônicas, transtornos mentais, desestruturação familiar, além de muitas terem baixa escolaridade, acarretando uma maior dificuldade de gerenciamento dos empreendimentos. As mulheres, embora apresentem um grande grau de protagonismo, ainda não têm reconhecidos seu papel fundamental dentro da cadeia produtiva e para o desenvolvimento territorial. Há necessidade de qualificar essas atoras para gerenciar seus empreendimentos, e provocar seu empoderamento e sua participação mais ativa, muitas vezes minimizadas pelo complexo que as mantém subjugadas pela presença masculina. Portanto, a capacitação dos trabalhadores para se organizarem e autogerirem se torna possível se implementada por meio do método dialógico e participativo de formação, contribuindo com uma melhoria da autoestima, qualidade de vida e renda dos beneficiários. Nesse sentido, esse projeto visa trabalhar de forma multi e interdisciplinar, necessário ao processo de incubação e capacitação dos beneficiários dos empreendimentos econômicos solidários, via interação horizontal entre equipe e empreendimentos aos moldes da educação popular.


 

FORMAÇÃO SISTEMÁTICA E CONTINUADA

FORMAÇÃO SISTEMÁTICA E CONTINUADA DE DOCENTES, TÉCNICOS E DISCENTES DA INCUBADORA UNITRABALHO E DEMAIS AGENTES PARA ECONOMIA SOLIDÁRIA

A Economia Solidária se encontra em construção pelos diversos atores que a compõem. Os agentes, principalmente os docentes, discentes e técnicos das IES que atuam com incubação de empreendimentos econômicos solidários-EES, realizam seu aprendizado e formação no dia a-dia de suas atividades. O despreparo anterior para as ações, tenta ser suprido pelas Incubadoras com a realização de reuniões pedagógicas e de estudo, de forma descontínua. Torna-se necessária uma formação sistematizada que antecipe possíveis impasses surgidos nas atividades de incubação, além de potencializar e direcionar os diversos saberes acadêmicos para as ações fins da Incubadora. Trabalhar em equipe multidisciplinar é um desafio que pressupõe transmissão de conhecimentos específicos das diversas áreas em uma linguagem comum e eficiente que torne os agentes capazes de atuar transversalmente. Destaca-se a formação cidadã para que o profissional (docente ou técnico) ou graduando possa compreender, assimilar e reproduzir conscientemente valores básicos para o crescimento da solidariedade e das redes de EES. O projeto prevê formação continuada e qualificação da equipe da Incubadora de EES Unitrabalho/UEM e outros agentes/profissionais de segmentos públicos e privados parceiros, visando: troca de conhecimentos e saberes, conscientização do papel dos agentes em Economia Solidária e oferecer uma assessoria/acompanhamento de qualidade aos grupos incubados.

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ECOALIM - II

INCUBAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS ECONÔMICOS SOLIDÁRIOS: ALIMENTAÇÃO E CULTURA NAS COMUNIDADES RURAIS 

A Economia Solidária consiste numa rede diversificada de empreendimentos econômicos como a agricultura familiar, que se caracteriza numa empresa familiar proprietária dos meios de produção, carregando muitos valores e tradições, tornando-se um patrimônio sociocultural. Desenvolvendo boas práticas de manipulação, como técnicas de higiene e compreensão dos conhecimentos da segurança alimentar, aplicadas neste segmento faria com que houvesse uma agregação de valor ao produto final pronto para a comercialização, já que a matéria prima é de boa qualidade. O número de famílias participantes é de 120; com uma média de 480 pessoas. O projeto tem como objetivos: fortalecer os grupos através da economia solidária para fomentar o desenvolvimento local e regional; aproveitamento total dos alimentos; histórico antropológico cultural dos alimentos; promover eventos culturais relacionados a linha do projeto; valorização da alimentação; integrar a equipe do projeto à comunidade através de ações que permitam um convívio, intercâmbio e partilha de experiências e saberes com a mesma, visando sua interação e o comprometimento com as questões sociais. Com isso, busca-se a qualificação da ação dos agentes sociais com vistas à redução dos índices de desigualdades sociais, através da geração de trabalho e renda, visando uma transformação mais ampla da sociedade.

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PLANO ESTRATÉGICO DE INCUBAÇÃO

PLANO ESTRATÉGICO DE INCUBAÇÃO: REESTRUTURAÇÃO ORGANIZACIONAL, IMPLEMENTAÇÃO DA PRODUÇÃO, INCREMENTO DE RENDA EM EES, EM CONDIÇÕES DE RISCO

Esta proposta apresentada pelo Núcleo/Incubadora Unitrabalho UEM, desenvolverá atividades com trabalhadores de empreendimentos econômicos solidários que tem encontrado dificuldades no gerenciamento e manutenção do grupo. A metodologia adotada será acompanhamento intensivo aos empreendimentos/grupos com este perfil de fragilidade e risco de desconstituição. Essa alternativa prevê o acompanhamento diário do grupo por uma equipe interdisciplinar de acadêmicos bolsistas, orientada por técnicos e docentes da Incubadora, nas respectivas áreas de conhecimento, desenvolvendo as atividades na própria sede/local de funcionamento do empreendimento. Assim, os principais objetivos desta proposta visam estruturar/reformular os setores de produção e administração dos empreendimentos, atuando, também, nas questões de relacionamento, trabalho e organização operacional, prestando acompanhamento sistemático diariamente, vivenciando e monitorando suas atividades, para prestar apoio técnico e orientação pedagógica aos trabalhadores, principalmente aos responsáveis pela administração, de forma a garantir melhores resultados, a curto e médio prazo, melhoria na produção e comercialização, no incremento de renda, na composição do seu quadro social e aumento da auto-estima destes trabalhadores.

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PRONINC - MTE

CONTINUIDADE DA MANUTENÇÃO DAS ATIVIDADES DAS INCUBADORAS DE EMPREENDIMENTOS ECONÔMICOS SOLIDÁRIOS DO PROGRAMA MULTIDISCIPLINAR DE ESTUDOS E PESQUISAS SOBRE O TRABALHO E OS MOVIMENTOS SOCIAIS - NÚCLEO UNITRABALHO - UEM/SEDE E CAU

O Programa garante a continuidade da incubação de Empreendimentos Econômicos Solidários (ESS) rurais e urbanos, acompanhados pelas Incubadoras de EES Unitrabalho/UEM-Sede e CAU, vinculadas ao Programa Multidisciplinar de Estudos e Pesquisas Sobre o Trabalho e os Movimentos Sociais, instituído pela Portaria. 1684/98- Processo 2602/1998. Dentre os objetivos propostos está consolidar, na UEM, essas duas incubadoras, que prestam acompanhamento sistemático a empreendimentos e grupos em formação de geração de trabalho e renda, nos moldes da Economia Solidária. São grupos de trabalhadores da reciclagem, artesanato, alimentos, pequena agricultura familiar, assentamentos rurais, que requerem apoio e suporte sistemático inicial na constituição, organização jurídica, contábil, administrativa e técnicas de produção. A ação, partindo dos municípios sede das Incubadoras, Maringá e Umuarama, envolve diversos municípios na Região Noroeste do estado, bem como um na região Central (Nova Tebas). As ações são desenvolvidas pelos docentes, técnicos e discentes e têm caráter transdisciplinar. Pretende-se envolver alunos da graduação e pós-graduação, recém graduados e outros profissionais, em ações de Extensão que possibilitem contato direto com a realidade social de trabalhadores rurais e urbanos, unindo saberes acadêmicos e populares numa partilha de conhecimentos adquiridos no Ensino e na Pesquisa, que criem inclusão social, desenvolvimento local, solidariedade e cidadania plena.

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REDE PROSA

CRIAÇÃO DA REDE DE PESQUISAS E ESTUDOS EM SISTEMAS DE PRODUÇÃO ORGÂNICOS E SUSTENTABILIDADE AGROPECUÁRIA DA AGRICULTURA FAMILIAR 

A proposta é a criação de uma rede de pesquisas, desenvolvimento e extensão tecnológica social que visa à disponibilização de alternativas de produção, tecnologias e capacitação/formação, por meio de estratégias promotoras sociais para o beneficiamento de produtores da agricultura familiar. Bem como a transferência do conhecimento, com metodologia participativa, de forma que a rede concatene subprojetos para um conjunto de ações que incidam no atendimento efetivo das demandas sociais e econômicas no enfoque de sistemas orgânicos de produção, otimização de recursos naturais e modelos agropecuários sustentáveis voltados à agroecologia.A rede receberá o nome de “Rede de Pesquisas e Estudos em Sistemas de Produção Orgânicos e Sustentabilidade Agropecuária da Agricultura Familiar – Rede PROSA”.

Criação da Rede de Pesquisas e Estudos em Sistemas de Produção Orgânicos e Sustentabilidade Agropecuária da Agricultura Familiar – Rede PROSA

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ALTERNATIVAS DE ORGANIZAÇÃO 

ALTERNATIVAS DE ORGANIZAÇÃO RURAL PARA PROPRIEDADES LEITEIRAS DA AGRICULTURA FAMILIAR

Muitos produtores de leite estão deixando a atividade leiteira pelo excesso de trabalho e pela falta de tempo livre e isso afeta à cadeia produtiva. Diuturnamente, nos 365 dias do ano, esses trabalhadores estão presentes em suas propriedades, executando, ao menos duas tarefas: ordenha (duas vezes ao dia) e alimentação do rebanho. Produtores de leite da agricultura familiar são mais sensíveis a essa situação, principalmente os que trabalham sozinhos. Com isso, muitos desses produtores sentem-se sufocados pelo trabalho, seja pelo excesso ou pela falta de férias, de dias de folga, ou tempo para se recuperar de uma doença. Tanto os produtores, como os seus filhos comparam o seu trabalho com os de outros setores e muitos acabam optando pela saída da propriedade. Uma alternativa a essa situação seria a contratação de outros trabalhadores permanentes, porém isso é evitado por parte do produtor, pois ele, assim o fazendo, perderá a sua condição de segurado especial, bem como de seus familiares. De outra forma, a contratação de trabalhadores temporários, com qualificação para os trabalhos na atividade leiteira, é cada vez mais rara. A contratação de pessoas não qualificadas para o trabalho na atividade leiteira comprometerá um importante componente da produção, que são os animais. Justificou-se o projeto pela necessidade de se encontrar formas alternativas para a contratação de trabalhadores temporários qualificados, seja de forma individual ou de forma coletiva, porém, atendendo a legislação em vigor. Diante do exposto, o objetivo deste estudo foi de melhorar as condições de trabalho em propriedades de produção de leite de base familiar, através da identificação das necessidades e aspirações de tempo livre dos produtores de leite, da identificação das formas de organização do trabalho que atendam as suas necessidades. A metodologia foi dividida em três etapas: (i) identificar a realidade dos produtores de leite quanto a organização do trabalho em suas propriedades, bem como as suas expectativas de ter tempo livre e, para isso será aplicado um questionário, previamente elaborado, a 90 produtores de leite da agricultura familiar, concomitantemente, identificar experiências, em relação ao tema, dentro e fora do Brasil; (ii) organizar e analisar os dados obtidos; (iii) apresentar e validar os resultados obtidos, junto aos produtores entrevistados, através de reuniões e, elaboração de relatório final. Como resultados, espera-se que pesquisadores, técnicos de Ater (Assistência Técnica e Extensão Rural) possam ter conhecimento para identificar os “gargalos” em relação a organização do trabalho nas propriedades leiteiras, que impedem os produtores de terem tempo livre, bem como, apresentarem propostas aos produtores, de forma individual ou coletiva, que atendam seus anseios de férias e folgas.

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DIFUSÃO TECNOLÓGICA

ORIENTAÇÃO, DIFUSÃO TECNOLÓGICA E FOMENTO AO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NO EMPREENDIMENTO ECONÔMICO SOLIDÁRIO - COOPERATIVA DOS AGRICULTORES FAMILIARES DE VALE DO IVAÍ (COOPERIVAÍ), DA REGIÃO NOROESTE DO ESTADO DO PARANÁ

A proposta é baseada na vinculação de ações de extensão através da orientação, difusão tecnológica do conhecimento e fomento ao empreendimento econômico solidário - Cooperativa dos Agricultores Familiares do Vale do Ivaí (COOPERIVAÍ) - da Região Noroeste do Estado do Paraná. O objetivo geral da presente proposta foi propor a criação de modelos de desenvolvimento sustentável para o empreendimento econômico solidário visando à educação e conscientização dos produtores em economia solidária, práticas de gestão estratégica, financeira, social e responsabilidade ambiental na agricultura familiar, através da disponibilização de alternativas de produção via realização de ATER, de tecnologias sociais sustentáveis e da capacitação/formação de produtores.

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PRONINC - CNPq

INCUBADORA E UNIDADES DE REFERÊNCIA COMO ESTRATÉGIA NO PROCESSO DE INCUBAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS ECONÔMICOS SOLIDÁRIOS (EES) PARA DISSEMINAÇÃO DE TECNOLOGIAS SOCIAIS SUSTENTÁVEIS NOS MEIOS RURAL E URBANO, SOB A ÓTICA DA ECONOMIA SOLIDÁRIA

Este projeto pretende, em continuidade aos trabalhos que vêm desenvolvendo no âmbito do Programa Multidisciplinar de Estudos e Pesquisas sobre o Trabalho e os Movimentos Sociais - Núcleo/Incubadora Unitrabalho – UEM, atender 10 (dez) empreendimentos e/ou grupos informais, sendo 5 (cinco) no meio rural e 5 (cinco) no meio urbano.Na sua atuação envolve os princípios da economia solidária por meio de um conjunto de atividades sistemáticas de pesquisa, formação, assessoria técnica e tecnológica que abrange desde o surgimento do empreendimento econômico solidário (EES), até a sua consolidação. Baseado na autogestão, por meio da troca de conhecimentos, busca-se a melhoria, ampliação e comercialização de produtos e serviços com foco no desenvolvimento territorial sustentável pela organização do trabalho, conquista da autonomia e viabilidade econômica dos empreendimentos a fim de combater a extrema pobreza. Concomitante com a atuação da extensão, relacionada com o processo de incubação dos EES, o Núcleo/Incubadora também atua como espaço de estudos, pesquisas e desenvolvimento de tecnologias sociais sustentáveis, facilmente aplicáveis como estratégias de produção para geração de trabalho e renda. Os EES já incubados e/ou atendidos pelo Núcleo/Incubadora Unitrabalho são classificados em pertencentes aos espaços rural e urbano. Seguem algumas das iniciativas desenvolvidas e mais promissoras que se pretende dar continuidade como Unidades de referência ou demonstrativas para fortalecer os EES incubados e aqueles a serem atendidos: EES do meio rural (Central de comercialização; Tecnologias sociais sustentáveis; Agroindústria) e EES do meio urbano (Reciclagem; Saúde Mental; Panificação e Alimentos).

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MANDALAS

IMPLANTAÇÃO DAS TECNOLOGIAS SOCIAIS: PRODUÇÃO AGROECOLÓGICA INTEGRADA SUSTENTÁVEL-PAIS (HORTA MANDALA), CISTERNA E FOSSA SÉPTICA BIODIGESTORA COMO MEIO DE SUSTENTABILIDADE PARA AGRICULTURA FAMILIAR

O projeto visou à implantação de tecnologias sociais sustentáveis com base no aproveitamento e reaproveitamento de recursos, resíduos e espaços a fim de garantir a sustentabilidade da pequena propriedade rural. A PAIS (horta mandala) maximiza a utilização da área com base no sistema de produção agroecológico vegetal e animal. A cisterna visa a captação de água da chuva com foco na irrigação e a fossa séptica biodigestora é alternativa para tratamento e destinação adequados de resíduos doméstico. Por meio de Unidade Referência, as tecnologias sociais atingiram assentamentos da reforma agrária localizados em 3 (três) municípios na região noroeste do Paraná (Itaguajé,Santo Inácio e Cafeara).

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RESGATE

RESGATANDO A ALIMENTAÇÃO E CULTURA EM COMUNIDADES RURAIS DO PARANÁ

Por meio de um histórico antropológico cultural dos alimentos, este projeto teve como principal foco promover a recuperação e a valorização dos hábitos alimentares tradicionais, saberes e fazeres, de três comunidades rurais de agricultura familiar do noroeste do Paraná, com vias à melhoria da qualidade de vida, desenvolvimento local e regional, estímulo à ideologia alimentar e ainda indicar as manifestações culinárias como instrumentos de resgate da Identidade Rural. Com uma equipe de trabalho multidisciplinar, realizou-se um evento de confraternização em cada uma das comunidades com “Concurso Culinário de receitas do campo”, onde foi premiados o total de 30 receitas gastronômicas, vinculadas ao contexto rural histórico, econômico, geracional e produtivo dos agricultores. O projeto também contemplou a valorização de outras formas de manifestações artísticas e culturais, tais como o artesanato, visando estimular sua exposição e comercialização, os versos, as trovas e parlendas, que preservam em suas rimas a memória coletiva do patrimônio histórico e cultural popular. Tais ações foram articuladas junto à teoria e prática por meio de oficinas com os temas: “Sabor, Arte e Cultura”, “Trocas e Diálogos Culturais” e ainda, “Economia Solidária e SETI - Projeto 1 de 8 Segurança Alimentar e Nutricional (SAN)”, promovidas junto a população de cada uma das três comunidades.

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CATAEES

INCUBAÇÃO SOCIAL INTERDISCIPLINAR DE EMPREENDIMENTOS ECONÔMICOS SOLIDÁRIOS - EES FORMADOS POR CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIOECONÔMICA NA REGIÃO NOROESTE DO PARANÁ

Tem-se percebido que a maioria dos Empreendimentos Econômicos Solidários (EES), concebidos como cooperativas/associações de catadores de materiais recicláveis, constituem-se de pessoas que demonstram sofrer de baixa autoestima e dificuldades no gerenciamento do empreendimento. São pessoas que possuem baixo nível de escolaridade formal e revelam fragilidades cognitivas, doenças crônicas, condições de vida precárias, o que envolve em muitos casos a desestruturação familiar. Diante desse quadro, nota-se que as pessoas envolvidas com as atividades de coleta e separação dos materiais recicláveis necessitam do apoio de diferentes políticas ou projetos, dentre eles o de incubação da cooperativa de trabalho no próprio ambiente organizacional, que tem como objetivo orientar e capacitar os trabalhadores para que eles gerenciem e empreendam melhor as suas atividades. Esta prática de incubação (no próprio ambiente do empreendimento econômico solidário) é implementada através do método participativo para a formação e capacitação técnica dos trabalhadores. O objetivo do projeto CATAEES foi levar aos EES a superação de vulnerabilidade socioeconômica via processo de Incubação Social Interdisciplinar pela Equipe da Unitrabalho/UEM, meio a análise e identificação das demandas socioeconômicas, a elaboração de ações estratégicas junto dos trabalhadores a partir das suas necessidades e orientar/capacitar os EES à autogestão, a partir da inteligibilidade do Cooperativismo e da Economia Solidária.

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ARAL

ARTESANATO E ALIMENTAÇÃO: RESGATE E VALORIZAÇÃO DE SABERES E FAZERES DO MEIO RURAL

O projeto ARAL, tem como público alvo pequenos produtores - praticantes da agricultura familiar - de três assentamentos rurais, do noroeste do Paraná. Visto que o meio rural, além de ser responsável pelo fornecimento de 70% dos alimentos consumidos no Brasil, também possui acervos de conhecimentos tradicionais acumulados referentes a hábitos alimentares e artesanato, que são fonte de renda, trabalho e expressões identitárias. O projeto tem como objetivo reconhecer, estimular e dar visibilidade a elementos culturais para então, consolidar a identidade, trabalho, sentimento de pertencimento a terra, desenvolvimento local e, a consequente melhoria da qualidade de vida no meio rural.

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CAJUEES

O projeto visa prestar suporte jurídico, administrativo e contábil, aos Empreendimentos Econômicos Solidários (EES), constituídos como cooperativas de catadores de materiais recicláveis de Maringá, Sarandi e Paiçandu. Acompanhar e orientar na realização das assembleias, ordinárias e extraordinárias, no preenchimento dos livros atas e eleições de diretorias. Realizar o fechamento mensal e anual, auxiliar na organização de notas de compra e venda, desenvolvendo planilhas que facilitem o dia a dia administrativo e contábil dos empreendimentos; acompanhar o rateio mensal das sobras das cooperativas; registrar eletronicamente os dados financeiros das cooperativas, gerando documentos contábeis, para envio ao escritório de Contabilidade contratado pela Cooperativa; auxiliar os grupos na busca de novos caminhos de captação e comercialização de produtos, redução de custos e aumento de receita. Enfim, auxilia-los no que é necessário para que permaneçam dentro do que é exigido nas leis cooperativistas.

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PROCESSO DE INCUBAÇÃO DE EES

A INCUBADORA E O PROCESSO DE INCUBAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS ECONÔMICOS SOLIDÁRIOS (EES) ASSOCIADOS À PESQUISA EM TECNOLOGIAS SOCIAIS, ARTICULADAS COM O DESENVOLVIMENTO LOCAL (UEM – CAMPUS SEDE)

Este projeto tem por foco principal a incubação de empreendimentos econômicos solidários aliando a pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias sociais aplicáveis, bem como, identificar o protagonismo de dois empreendimentos incubados no desenvolvimento local e no campo das políticas públicas, inclusive de Economia Solidária. Pretende-se também, fomentar o aprimoramento da metodologia de incubação que vem sendo desenvolvida pela Incubadora, priorizando a aplicação de novos instrumentos e diagnósticos para promover a autonomia dos empreendimentos e desse modo, contribuir para o aprimoramento do referencial conceitual e metodológico acerca dos processos de incubação e pós-incubação. Concomitante ao processo de incubação dos EES, a Incubadora também fortalecerá sua atuação como espaço de estudos, pesquisas e desenvolvimento de tecnologias sociais inovadoras e sustentáveis, com potencial de aplicabilidade como estratégia de produção e disseminação da Economia Solidária. Nesse sentido, pretende-se desenvolver a adequação de rótulos e embalagens diferenciadas para os produtos alimentícios dos empreendimentos da agricultura familiar incubados, adequados às demandas por alimentos mais saudáveis preconizadas pelo mercado consumidor. Toda a proposta prevê a interação com demais projetos em desenvolvimento na Incubadora, no sentido de maximizar os resultados e garantir um acompanhamento integral dos empreendimentos, contando também com parcerias estratégicas externas.

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SAN NA UNITRABALHO

FOMENTO À CRIAÇÃO DO NÚCLEO DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL (SAN) NA UNITRABALHO-UEM

A partir da organização intergovernamental de 12 Estados da América do Sul, chamada de União de Nações Sul-Americanas (UNASUL), surge o projeto SAN na Unitrabalho. A Segurança Alimentar e Nutricional no âmbito da UNASUL é responsável pelo fomento da criação do Núcleo de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN), que oferece aos Empreendimentos Econômicos Solidários (EES) encubados no âmbito da Unitrabalho, apoio técnico na elaboração e obtenção de produtos da agricultura familiar por meio de uma equipe acadêmica multidisciplinar. O principal objetivo é fazer com que os produtores insiram seus produtos como: frutas, legumes, verduras, panificados e derivados do leite, no mercado local ou forneçam para instituições públicas ou privadas, obedecendo à todas as informações técnicas necessárias como, tabela de informação nutricional, rotulagem dos alimentos. O projeto visa a capacitação dos agricultores dos EES envolvidos na cadeia produtiva dos alimentos. Esse treinamento é voltado para que os manipuladores de alimentos produzam alimentos saudáveis diferenciados e seguros, seguindo o Manual de Boas Práticas de Fabricação para assegurar que seus produtos sejam isentos de contaminantes ou risco a saúde dos consumidores. 

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ORGANIZADAS E MOBILIZADAS 

ORGANIZADAS E MOBILIZADAS: TRABALHO, GÊNERO E POLÍTICA COM AS MULHERES DE EMPREENDIMENTOS ECONÔMICOS SOLIDÁRIOS (EES).

Mesmo as mulheres representando mais da metade da população brasileira apta ao trabalho, são os homens que preenchem quase 58% dos postos de trabalho registrados. A PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) ainda demonstra que as mulheres que estão em trabalhos formais, ocupam em sua maioria as profissões identificadas como “femininas” e com menores salários. Ao incluir a variável cor ou raça, têm-se os dados de 45% de diferença salarial entre pessoas brancas e pessoas negras e pardas. No entanto, há algo positivo: essas pessoas estão resistindo por uma economia alternativa, estão vinculando-se à Economia Solidária. Dentre este público, as mulheres, considerando em sua pluralidade o envelhecimento, raça, orientação sexual, classe social e se são usuárias ou não de serviços da Saúde Mental, são fundamentais. Assim surge enquanto proposta do Projeto promover troca de saberes acadêmicos e populares buscando fortalecer e fomentar encontros contínuos de grupo de mulheres organizadas e vinculadas a Empreendimentos Econômicos Solidários (EES), visando construir espaços que estimulem a identidade coletiva e a participação política de mulheres para além da produção de renda, comercialização e consumo. Faz parte também discussões informativas de assuntos atuais nas cooperativas e associações e o fortalecimento da extensão universitária.

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Fortalecendo Empreendimentos de Economia Solidária

ESTRATÉGIAS PARA A INCLUSÃO SOCIAL

Atualmente, observamos uma importante movimentação para a consolidação e desenvolvimento de políticas que fomentem a Economia Solidária. Em dezembro de 2018, foi aprovado em Plenário do Senado Federal o Projeto de Lei 137/2017, que tramitava desde 2012, que prevê a criação do Sistema Nacional de Economia Solidária. No que diz respeito ao Paraná, em 20 de dezembro de 2018, foi instituída a Lei nº 19.784 que trata da Política Estadual de Economia Solidária.

 

Considerando esse cenário, o Projeto “Fortalecendo os Empreendimentos Econômicos Solidários”, desenvolvido no âmbito da Unitrabalho/UEM, detinha como objetivo fomentar e prestar apoio aos grupos formais e informais de economia solidária, por meio de assessoria jurídica e política aos empreendimentos e também na gestão de conflitos internos. Segundo dados do II Mapeamento da Economia Solidária da Região Sul, o Paraná é o estado com o maior número de empreendimentos ainda informais. O projeto se propôs a apoiar esses grupos, contribuindo com sua inserção nas redes de economia solidária e com a escolha de caminhos para a sua formalização, respeitando suas características e necessidades.

 

O projeto buscou também: realizar diagnósticos de EES informais e em vias de constituição em Maringá e Região; divulgar e promover os princípios da ES e Lei Estadual nº 19.784, que institui a Política Pública de Economia Solidária no Paraná; fomentar a participação dos grupos nas instâncias de representação e deliberação do Movimento de Economia Solidária no Brasil e no Estado do Paraná; contribuir para o debate científico acerca das temáticas pertinentes à ES, em eventos acadêmicos e da extensão universitária.